Será que dor no peito é sempre um infarto? Sentir uma pontada no peito pode ser assustador e muitos pacientes associam imediatamente a um problema cardíaco. Porém, nem sempre é infarto. Aprenda os sinais de alarme e quando procurar um cardiologista.

Quais são as principais causas de dor no peito?

🫀 Causas cardíacas (fique alerta!)

Infarto Agudo do Miocárdio → Dor intensa, em aperto ou queimação, às vezes se espalha para o braço, mandíbula ou costas. Pode vir acompanhada de suor frio e falta de ar. É uma emergência médica!
Angina → Dor em aperto no peito, geralmente desencadeada por esforço físico ou estresse emocional, aliviada pelo repouso.
Pericardite → Inflamação da membrana que envolve o coração, causando dor que piora ao deitar e melhora ao inclinar o tronco para frente. Em grande parte dos casos, surge após uma infecção viral, como síndromes gripais.
Dissecção de aorta → Dor súbita, muito intensa, semelhante a uma facada, irradiando para as costas. Requer atendimento imediato!

Causas não cardíacas 

🫁 Pulmonares:

Embolia pulmonar → Dor aguda no peito, com piora ao inspirar profundamente, associada à falta de ar e, às vezes, tosse com sangue.
Pneumonia → Dor ao respirar, geralmente acompanhada de febre e tosse.
Pneumotórax → Colapso pulmonar que causa dor torácica repentina e intensa. Mais comum em pacientes com doenças pulmonares prévias ou associado a algum trauma.

🦠 Causas gastrointestinais:

Refluxo gastroesofágico → Sensação de queimação no peito, piorando após refeições ou ao deitar.
Espasmos esofágicos → Contrações dolorosas no esôfago que podem imitar a dor do infarto.
Gastrite e úlceras → Podem provocar dor no peito, geralmente acompanhada de queimação no estômago, relacionada à alimentação.

🦴 Causas musculoesqueléticas:

Inflamação das articulações das costelas (costocondrite) → Dor localizada que piora com movimentos ou ao tocar a região.
Tensão muscular → Pode surgir após esforço físico, má postura ou estresse.
📌 Se a dor for intensa e você estiver em dúvida, procure sempre atendimento médico!

⚠ Sinais de alerta: quando você deve se preocupar?

É essencial saber diferenciar uma dor passageira de um problema mais sério. Busque ajuda médica urgente se a dor no peito apresentar algumas dessas características:

Dor intensa e em aperto que não melhora com repouso.
Irradiação da dor para braço, costas, pescoço ou mandíbula.
Falta de ar, suor frio, tontura ou sensação de desmaio.
Dor que surge de repente ou durante esforço físico.
Histórico de problemas cardíacos na família.

Se houver suspeita de infarto, chame o SAMU (192) ou vá ao hospital imediatamente. O tempo pode ser o diferencial para salvar uma vida⏳

Você sabe o que aumenta sua chance de ter uma dor no peito "perigosa"?

Se você tem fatores de risco para doenças cardiovasculares, sua atenção deve ser redobrada.

Hipertensão arterial, diabetes e colesterol alto → A longo prazo, comprometem a circulação sanguínea e a saúde do coração.
Obesidade e sedentarismo → Aumentam a inflamação e sobrecarregam o coração.
Tabagismo e consumo excessivo de álcool → Danificam as artérias e favorecem problemas cardíacos.
Histórico familiar → Se há casos de infarto ou doença cardíaca na família, especialmente quando ocorreram em parentes jovens de primeiro grau (pai, mãe e irmãos), o risco pode ser maior.
Estresse crônico e noites mal dormidas → Aumentam a pressão arterial e a frequência cardíaca.

📌 Modificar hábitos e realizar check-ups regularmente podem ajudar na prevenção!

Como prevenir problemas cardíacos?

Alimentação equilibrada → Frutas, vegetais, fibras e gorduras saudáveis protegem o coração.
Exercícios físicos regulares → Pelo menos 150 minutos de atividade moderada por semana. (Se sentir dor no peito, procure um cardiologista antes de iniciar!)
Parar de fumar e reduzir o álcool → Fatores essenciais para evitar doenças cardíacas.
Gerenciar o estresse e dormir bem → Impactam diretamente a saúde cardiovascular.
Check-ups médicos regulares → Permitem diagnóstico precoce e prevenção.

Exames utilizados nas avaliação de dor torácica

Após a avaliação médica inicial, alguns exames complementares podem ser necessários para um diagnóstico preciso. Os principais são:

🩺 Eletrocardiograma (ECG) → Avalia o ritmo e a atividade elétrica do coração.
🩺 Exames laboratoriais → Detectam fatores de risco e marcadores de lesão no músculo cardíaco.
🩺 Ecocardiograma → Permite avaliar a força de contração do coração e identificar sinais de maiores riscos ou infartos prévios.
🩺 Teste ergométrico ou Cintilografia miocárdica → Identificam pacientes suspeita elevada de obstruções importantes nos vasos sanguíneos, limitando a quantidade de nutrientes e oxigênio que chegam ao músculo cardíaco.
🩺 Angiotomografia de coronárias ou coronariografia (cateterismo cardíaco) → Avaliam o grau de obstrução das artérias e a presença de placas de gordura.

📌Procure um especialista, após uma avaliação detalhada, o cardiologista pode definir o tratamento mais adequado.

📌 O controle adequado dos fatores de risco e o tratamento precoce de doenças cardíacas reduzem as chances complicações cardiovasculares graves no futuro, em especial, o Infarto agudo do miocárdio e o AVC.

✅ Caso você tenha se identificado com os sinais de alerta descritos neste texto, não espere os sintomas se agravarem. 

📌 Dr. Rodrigo Sguario
Cardiologista especialista em Insuficiência Cardíaca e Transplante Cardíaco
CRM-SP 211484 | RQE: 124370 
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